Este Blog tem como objetivo principal a troca de experiências,compartilho experiências que deram certo, pois acredito que assim todos cresceremos juntos inclusive meus alunos que têm participado ativamente deste blog!

sábado, 9 de junho de 2012

AFETIVIDADE E EDUCAÇÃO.

Afetividade e Educação. Qual a relação entre elas?

Existem muitos questionamentos sobre esta relação, vamos olhar esta questão pelo olhar de teóricos e pelo olhar prático na sala de aula.

"Não importa com que faixa etária trabalhe o educador ou educadora. O nosso é um trabalho realizado com gente, miúda, jovem ou adulta, mas gente em permanente processo de busca."
                                                              (Paulo Freire)


Esta é uma questão que torna nosso trabalho como educadores fascinante, nunca podemos perder esta visão, nós trabalhamos com gente e por isso mesmo cada ano que passa nosso trabalho é diferente, porque as pessoas são diferentes. Não trabalhamos com máquinas criadas em série por alguma empresa. Por isso mesmo estamos sempre nos surpreendendo.


Como diz o autor, estão em permanente processo de busca, e cabe a nós auxiliá-los nesta busca. Será que temos cumprido nosso papel?

"Quando uma criança vai para a escola, não vai apenas para aprender, mas também para relacionar-se e para vivenciar o aprendizado como um todo e quem assim a percebe poderá então orientá-la rumo ao amanhã".
                                            (Claudio Saltini)


É preciso que o ensino esteja ligado a realidade, que o educando ao sair da Escola leve os ensinamentos para sua vida prática, este ensinamento precisa fazer sentido e trazer mudanças para a vida, porque é lá fora que sua aprendizagem será posta a prova. Precisamos, como educadores meditar nesta questão, o que restará de tudo o que eu ensinei?

Você sabia que toda vez que você aprende alguma coisa ou adquiri experiência, as células do seu cérebro sofrem uma alteração e essa alteração refletirá em seu comportamento?


Vamos entender melhor. 

"A memória é uma das funções mais importantes do cérebro, e está ligada a aprendizagem.

 A memória é a base de todo saber e também de toda a existência humana, desde o nascimento. Todo o nosso cérebro funciona através da memória. Comemos, andamos, falamos, porque nos lembramos de como fazê-lo".

                                              (Marta Relvas)




Memória de curta duração- Esse tipo de memória não forma “arquivos”.
Quando nosso cérebro(hipocampo) julga que uma informação não é tão importante ele a guarda na memória de curta duração e logo são descartadas. 

Memória de longa duração- Armazena as informações por mais tempo. Se ele julgar que esta informação é importante, ela será armazenada na memória de longa duração e será resgatada sempre que precisarmos.
Sem o "consentimento" do hipocampo a experiência desvanece-se para sempre. É aqui que entra a carga afetiva necessária para que o estímulo se fixe na memória de longa duração. A informação tem que ter alguma carga emocional, portanto, tem que ter alguma importância afetiva.


“Por exemplo, se o estudante não aprende o conteúdo é porque não encontrou nenhuma referência nos arquivos já formados para abrigar a nova informação, com isso, a aprendizagem não ocorre. Não adianta insistir no mesmo tipo de explicação”.
                                                                                                                     (Marta Relvas)


Este ponto é muito importante, é preciso que o conteúdo a ser trabalhado tenha sentido e faça ligação com conhecimentos prévios dos alunos, e mais importante, este conteúdo deve ser apresentado em mais de uma forma, não temos o direito de julgar que se já apresentei o conteúdo todos têm que saber, e se repetir vou repetir da mesma forma e todos irão aprender.


“Por isso, os conhecimentos dos alunos precisam ser investigados, recordar aulas anteriores e dispor de diversos recursos pedagógicos são importantes para formar “ganchos” facilitando a aprendizagem . Se o assunto estiver ligado a um som, a uma linguagem e a um cheiro, três áreas diferentes do cérebro tentarão recuperar esta memória”.                                           
                                                                                                                    (Marta Relvas)


Quem nunca ouviu uma música e ela imediatamente te transportou para determinado momento de sua vida, o mesmo acontece com o cheiro, uma imagem ou um sabor. Estes "ganchos" ficaram armazenados no nosso cérebro e no momento que um deles é colocado diante de nós nosso cérebro os resgata imediatamente. Essas recordações podem ser boas ou ruins.


Diante de tudo o que vimos fica claro que precisamos estar constantemente nos autoavaliando e reformulando nossas práticas, precisamos estar atentos para percebermos que caminho temos que seguir, para isso é importantíssimo o trabalho em equipe, o registrar, as observações constantes e claro, criatividade.  


"Criatividade é a criação de novas soluções para velhos problemas".
                                                                             (Marta Relvas)

Até a próxima!

REVISTA "NÓS DA ESCOLA"  Edição julho/2008















domingo, 3 de junho de 2012

A RODA NA SALA DE AULA.


A "Roda" pode ter vários nomes de acordo com a forma que for utilizada, pode ter várias utilidades em um mesmo momento, e é muito eficaz, pois os alunos gostam deste movimento na sala de aula.
Segue agora uma sequência de atividades que podem ser usadas em uma "roda".
Objetivo: Revisar um fonema trabalhado.
Público-alvo: 1º ano
- Iniciar conversando sobre as novidades e sobre o que foi destaque na aula anterior.
- Ler a história para os alunos "Rita sapeca e a lição de casa" (sugestão) Conversar sobre a história.


-Deixar que algum aluno reconte a história para os colegas, mesmo que não saiba ler terá como apoio as imagens.


- A professora poderá pedir que um aluno por vez fale uma palavra iniciada com a letra R. Vá pulando aqueles que não conseguirem.
- Fale a própria professora palavras iniciadas com R. Agora faça uma nova rodada perguntando somente para os que não falaram.
- Na nova rodada cada um deverá repetir sua palavra. Neste momento quem não lembra pode ser ajudado pelos colegas ou pela professora.




- A professora fará fichas com as sílabas RA- RE-RI-RO-RU e pegará a ficha da 1ª sílaba (não precisa ser na ordem) e pedirá que aqueles que as palavras comecem com aquela sílaba se unam naquele grupo, ao final contaremos quantas palavras, das que foram faladas se iniciam com cada sílaba.



- Despejar letras móveis no meio da roda e deixar que de dois em dois peguem somente as letras de sua palavra e voltem para seus lugares e montem suas palavras.(a professora poderá que auxiliar).




- Entregar uma folha e deixar que copiem a palavra e depois ilustrem, recolher as folhas.

- A professora pega meia folha de papel A4 e escreve com pilot cada palavra que foi falada e coloca no centro do círculo, depois fala uma palavra, sem dizer quem é o dono, e ele deverá ir ao centro e encontrar sua palavra e colocá-la na sua frente.
- Deixar que cada um leia sua palavra e observe-a bem. Recolher as palavras.



-Entregar uma folha de papel A4 com linhas numeradas e um lápis, a folha irá passando e cada um escreverá sua palavra(a professora observará os que já conseguem fazê-lo com autonomia e os que ainda precisam de ajuda).
-Ao final teremos uma lista de palavras iniciadas com o fonema que foi trabalhado e todo o grupo reconhecerá várias palavras, pois todos interagiram com as palavras dos colegas.
- Podem voltar para as mesas e fazerem atividades sobre este fonema.
IMPORTANTE:
- Estes momentos não são perdidos, porque demoraram para escrever no caderno, pelo contrário esta lista de palavras terá sentido para eles, as atividades que seguirão também terão um novo sentido, nesta idade as crianças precisam da repetição, mas que tenha sentido.Trabalhar a oralidade mesmo que quebrando o silêncio, trazendo uma agitação (organizada/controlada) é muito válida e frutífera.

Até a próxima!